04/08/2009

A Rua de Almeida...

Lendo um post de uma amiga recente em seu blog "leite de cobra" aqui, sobre o ato de decorar poesia, relembrei que a única poesia que sei "de cor" é "A Rua das Rimas" de Guilherme de Almeida. Lembro que quando fazia teatro (é, eu fiz teatro por 6 meses), meu querido professor e maravilhoso ator, Flávio Renovatto, pediu que fizéssemos uma insenação, na verdade um monólogo, em cima dessa poesia. E como tínhamos que declamá-la durante a apresentação, tive que decorar. E eu juro, é a única poesia que sei de cor!
Quando a li na primeira vez não dei muita bola, achava meio bobinha, acho que porque não entendia muito de poesia, se é que entendo agora (rsrsrs). Mas a medida que fui amadurecendo poeticamente, compreendi melhor a bela rua de Almeida e confesso que moraria num lugar desse de muito bom grado.
Bom, não vou deixar vocês na curiosidade e nem vou fazer com que corram ao "são google" para procurar a poesia, está aí...

"A RUA DAS RIMAS"

A rua que eu imagino desde menino
pro meu destino pequenino
é uma rua de poeta
discreta, direita, bem feita, perfeita.
Com pregões matinais de jornais
e avental no varais
e animais nos quintais.
E acácias paralelas
todas elas belas, amarelas
debruçadas como namoradas para as calçadas.


Guilherme de Almeida.


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