28/10/2010

Cae


Eu queria querer-te amar o amor

Construir-nos dulcíssima prisão

Encontrar a mais justa adequação

Tudo métrica, rima e nunca dor

Mas a vida é real e é de viés

E vê só que cilada o amor me armou

Eu te quero (e não queres) como sou

Não te quero (e não queres) como és...


Ah bruta flor do querer

Ah bruta flor! Bruta flor!
(O Quereres)



Porque ele está na minha vida há muito tempo, mas faz pouco que descobri que o amo!


"O peito cheio de amores vãos..."

26/10/2010

lado b


Um dia desses eu ouvi, não sei onde, alguém falando sobre analisarmos tudo com a visão do outro, bem antropologicamente, sabe? E, como exemplo, foi dado o da bruxa de João e Maria. Ela construiu a casa dos sonhos dela e, de repente, chegam 2 crianças, saídas sabe-se lá de onde, e começam a destruir o lar que ela fez com tanta paixão. E a coitada além de ser sempre retrada de forma feia, ainda tem que ser chamada de bruxa.

Agora me respondam: dá ou não vontade de comer/matar esses pirralhos?

E eu, aprendendo algo com histórias infantis, continuo a tentar olhar as coisas de acordo com o ponto de vista do outro. Nem sempre dá certo, mas a gente vai tentando...
"Uma imagem de São francisco e um bom disco de Noel!"

19/10/2010

rosas e rimas

Será que algum dia em nossas vidas teremos certeza de algum sentimento possuído?
Hoje fico pensando se os que tive durante minha "curta" vida já vivida foram realmente todos que eu achava sentir. Será que amei mesmo? E caso tenha amado, será que foi tanto quanto pensava amar?
Parando para pensar com calma em tudo, começo a enxergar que eu estava dentro da caverna, assim como aquelas criaturas descritas por Platão, ou seja, acorrentada a um relacionamento que só me possibilitava ver sombras e acreditava ser isso o amor. Talvez por isso não chorei quando percebi que tudo tinha, realmente, "morrido". Porque não era, de fato, AMOR!
Minha visão ainda está enevoada, mas as correntes já não me prendem à caverna e aos poucos meus pequenos olhos puxados estão se acostumando com a luz e enxergando, cada vez mais, melhor.
Quem sabe um dia eu saberei se estou certa ou errada, ou quem sabe não...


"Eu cultivo rosas e rimas!"

10/10/2010

(entre)meio!

Ontem quando fui dormir era Quarta-feira de cinzas de um dia realmente cinzento e acordei hoje! Parece que nada passou nesse meio tempo. Parece que estou vivendo tudo do começo. Parece que sei exatamente o triste desenrolar de tudo!
E ainda estar por vir Novembro! O mês que deveria ser 09 e que é 11. Aquele mês onde a felicidade devia ser maior para suprir a tristeza do mês seguinte: o dezembro, que é o mês 12 e não o 10. O Dezembro do Natal, dos sentimentos tristes, das falsidades do reveillón. O mês de fazer o balanço de tudo que aconteceu no ano, de vermos o que queremos que continue e o que realmente deve-se mudar. Um mês que, por mim, eu tiraria do calendário e, parafraseando uma paráfrase de Caetano, eu (re)escrevo: "Se eu pudesse, eu matava Dezembro!". E Novembro também podia ir junto nesse assassinato mensal.
Espero, ansiosamente, 2011. Espero Fevereiro, o mês da vida, da minha vida. O mês do carnaval com suas cores, suas músicas, sua gente feliz cantando e dançando pelas ruas do Recife e pelas ladeiras de Olinda! Espero, ou melhor, desejo um 2011 com mais sorrisos, com uma quarta-feira de cinzas sem más recordações e com um Novembro sem o dia 14.

"Cheiro de mato e muito carinho meu!"
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