Acho essa questão de uma complexidade tamanha. Sei que com o surgimento do livro digital o escritor tem muito a ganhar, em especial monetariamente, já que os custos com impressão, reprodução, encadernação e outras coisas mais deixarão de existir, mas confesso que meu romantismo literário vai contra isso tudo. Nunca comprei e-books, embora tenha pesquisado, e muito, em fontes digitalizadas, principalmente pelo google, além de baixar livros que se encontram disponíveis na internet, sejam em formato pdf ou até mesmo em word. Mas confesso que a ideia de não poder tocar nas páginas, folhear, sublinhar as passagens que me chamaram atenção e cheirar, que entre os atos que envolvem leitor e livro seja o que mais me encanta, especialmente porque gosto dos usados com cheiro de mofo, me incomoda muito.
Entendo a importância dos e-books para a chamada 'democratização' da cultura, e consequentemente da leitura, mas isso não me impede de analisar alguns problemas que vêm com eles, como os equipamentos que não são tão baratos, o que impede, em parte, essa democratização, e o prejuízo que, de certa forma, eles trazem à vista. Afinal passar um bom tempo na frente de uma tela prejudica e muito a visão.
Tenho total consciência que esse meu modo de ver é carregado de puro romantismo, porém acredito que dar por morto, num futuro próximo, um objeto que sobreviveu por séculos como meio de transmitir conhecimento e cultura é uma visão por demais determinista, anti-romântica e, porque não, mal agradecida.
"Catando a poesia que entornas no chão..."
Roberta... primeiramente desculpa a ausência... tempo tá escasso... vide meu blog... Segundo: perigo zero do kindle ou de qualquer algo do gênero exterminar o livro... Pra falar a verdade eu o acho uma porcaria... Mas não quero ser xiita. Sou a favor da modernidade e de tentativas de tornar a cultura e o conhecimento ao alcance de massas diversas. Mas... Meu Deus! Tá longe do livro digital possibilitar isso. Já estive em várias palestras sobre a desmaterialização do livro, inclusive com o irmão do nosso ilustre governador e com a charmozíssima musa de 1968... E... algo é certo... pelos próximos 70 anos continuarei a ver a celulose amarelar nas minhas estantes, inundadas de caracteres oganizados com sentidos que transcendem qualquer interpretação semântica e/ou liguística...
ResponderExcluirXXro!
Oi, querido! Realmente tava sentido sua falta por esses lado internéticos. Concordo com você e não acho que o livro impresso vá sumir assim como falam. Mas confesso que essas história de livro digital me assusta um pouco.
ResponderExcluirO que sei, na verdade, é que se ele sumir, eu serei dona algumas relíquias que não irei me desfazer jamais.
Beijos!