O livro é dividido em duas partes: 'A partida' e 'O retorno' e apresenta uma narrativa em primeira pessoa bastante densa e não linear, visto que o fluxo da consciência é bem intenso na obra, sem falar da pontuação bem peculiar onde os capítulos só apresentam um ponto final.
A obra é permeada pela angústia do narrador que vive perturbado entre a responsabilidade que tem para com a família e o amor e desejo que sente pela irmã: "(...) eu, filho torto, a ovelha negra que ninguém confessa, o vagabundo irremediável da família, mas que ama a nossa casa, e ama esta terra, e ama também o trabalho, ao contrário do que pensa; foi um milagre, querida irmã, foi um milagre, eu te repito, e foi um milagre que não pode reverter (...)" (p.120).
Como as grandes histórias de amor, o drama de André e Ana termina de forma trágica, mas calma que não vou contar o fim do livro a vocês não (rsrs), mas aviso que quem for de chorar é bom preparar os lenços porque as lágrimas são garantidas. É um fim lindo e bem digno de uma obra tão rica literariamente.
Para quem já leu a obra é válido ver o filme também, e para quem já viu o filme é mais válido ainda ler o livro porque vocês sabem que o livro é bem mais rico de detalhes que a obra cinematográfica, né?! O filme é muito bem feito e, confesso a vocês, que é um dos poucos que conseguiu transpor para a tela toda a literatura presente na obra impressa.
O filme foi dirigido pelo Luiz Fernando Carvalho (Hoje é dia de Maria, A Pedra do Reino, Capitu, entre outros...) e tem no elenco algumas feras do tipo de Raul Cortez como patriarca da família, Selton Mello como André e Simone Spoladore como Ana.
Abaixo um trecho do filme - "A Festa":
Espero que vocês leiam e que gostem :)
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